Será que Maduro é fã de Churchill? Quando o conservador político inglês disse que “sucesso é ir de fracasso em fracasso sem perder o entusiasmo”… Nicolás Maduro levou a sério. Porém, sem alcançar o tal “sucesso” até então. E digo mais! Sem previsões de que tal situação se realize. Enquanto isso… o povo sofre.

O presidente Maduro tenta aprovar nova Constituição. Talvez até mesmo fosse interessante atualizar o trabalho de Hugo Chávez… caso o único objetivo desta Lei não fosse dificultar o acesso à Presidência do país por outros candidatos e usurpar funções do Parlamento.

Para aqueles que ainda não perceberam: a Venezuela está (mais uma vez) à beira de um genuíno golpe. E não falo aqui dos jogos Street Fighter ou The King of Fighters. Falo de um plano político arquitetado que vem tentando ser posto goela abaixo da população venezuelana.

O presidente Maduro conta com apoio de 20 a 30% da população. Porém não se sabe se esse número é verdadeiro (por se tratarem de pessoas que recebem benefícios do Governo e vivem sob ameaça de que podem perder tais benesses).

Outra pessoa que Maduro parece amar é a Margareth Thatcher. Ela disse que “um líder é alguém que sabe o que quer alcançar e consegue comunicá-lo.”. Ele não esconde suas vontades: Neste momento o interesse do Presidente Nicolás Maduro em estabelecer “novas formas de democracia participativa”. Porém, os planos vão, justamente, contra o que se desenha como “democracia” e “participação”. Isso é liderar?

A título de exemplo, as eleições para o cargo de Governador deveriam ter ocorrido no ano passado. Mas até o momento não ocorreram e não se sabe quando serão realizadas. Já não se sabe se as eleições municipais que deveriam ocorrer neste ano irão mesmo acontecer. Vide que  a data para sua realização ainda não foi divulgada. Eleições presidenciais no ano que vem? Rs Piada! Enquanto isso… o povo sofre.

A população da Venezuela passa por uma crise ainda mais severa que a nossa. Por lá já faltam alimentos e remédios. A palavra bonita encontrada foi: desabastecimento. A inflação já se apresenta como uma das mais elevadas do planeta. A criminalidade supera todos os índices verificados até então.

E o que temos com isso? 

Em nosso país ainda encontramos quem apoie esse tipo de situação política. Infelizmente. E uma coisa que Maduro se esqueceu foi outra lição de Margareth: “O problema do comunismo é que um dia o dinheiro dos outros acaba”.

Os “Maduristas” gritam alegando que o governo aumentou 60% do valor do salário mínimo. Para estes eu digo: A inflação naquele país ficará, em média, a 720% e o PIB recuará 8% neste ano. Apoiadores declarados daquele governo, PSOL e o Dep. Jean Willys por exemplo, já retiram seu suporte à Nicolás Maduro. 

Já ouviu falar em OEA (Organização dos Estados Americanos)? O objetivo maior da Organização é defender os interesses do continente, buscando soluções pacíficas para o desenvolvimento econômico, social e cultural.  Os integrantes da OEA (inclusive a Venezuela) assinaram a Carta Democrática Interamericana em 2001. Sendo certo que o ponto principal deste documento era fortalecer o estabelecimento de democracias no continente. Justamente o que a política atual da Venezuela é contrária. Trata-se de uma ruptura internacional que traz consequências para o nosso país.

A Venezuela já aplicou um verdadeiro calote na Petrobrás. Coisa “pouca”: 20 BILHÕES DE DÓLARES. Ainda mais para quem está necessitando de recursos. Falo aqui do investimento prometido por Chávez à Petrobrás (BRASIL) pelos 40% da Refinaria de Abreu e Lima situada aqui Pernambuco cuja parte dos lucros é remetido àquele país.

Detalhe: o ex-presidente Lula abriu mão de cobrar pelo débito. Fez um acordo de cavalheiros e liberou a Venezuela de cumprir com suas obrigações. Dilma Rousseff? Na primeira visita realizada em 2011 àquele país reiterou a “graça feita com chapéu dos outros” realizada por Lula. Na Petrobrás este assunto é proibido até hoje.

Tal refinaria começou suas atividades em 2014. Não há sequer UM ser humano capaz de negar, documentalmente, o repasse de valores relativos aos lucros para o governo Venezuelano (mesmo diante do calote).

Na fronteira Brasil-Venezuela o povo sofrido daquele país tenta atravessar os limites territoriais para comprar produtos básicos. Inclusive o Itamaraty abriu a fronteira de forma diária desde dezembro passado. Porém grande parte do povo não possui condições de arcar com os preços praticados em nosso país. O que acaba por levá-los, também, à Colômbia.

Um verdadeiro êxodo se anuncia. E não possuímos políticas públicas claras e objetivas quanto a essa possível situação.

Nicolás Maduro foi “trabalhador” maquinista. Nicolás foi sindicalista. Nicolás é Presidente. Nicolás não tem preparação ou estudo. Nicolás está fazendo m#$%@! Qualquer semelhança não é mera coincidência. Maduro se revela como um conceito usado por Enéas Carneiro: “Sua excelência não tem o mínimo de arrumação intracromossomial específica para dirigir o país.” Enquanto isso… o povo sofre.

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